Santa Francisca Romana

Copadroeira da Europa e Padroeira dos Motoristas

História de Santa Francisca Romana

Texto: Expedição 19

A vida de Santa Francisca Romana, se resume a uma palavra só palavra Roma. Tanto é que que durante a visita do Papa Bento XVI ao Mosteiro de Santa Francisca Romana, no dia nove de março de 2009, celebrando as comemorações do quarto centenário de sua canonização, ele diz; “sinto-me especialmente grato ao Senhor porque ele me permite prestar homenagem à mais romana das santas.”

Ela teve visões do céu, inferno e do purgatório. Em 1925 o Papa Pio XI a proclamou Padroeira dos Motoristas.

Nascida em 1384, na cidade de Roma, Itália. Francisca era filha de Paulo Bussa de Leoni e Jacovella de Broffedeschi, um casal muito rico da nobreza romana. Foi batizada no dia de seu nascimento. Sua família era profundamente religiosa e Francisca foi educada seguindo estes preceitos. Frequentavam a Basílica de Santa Maria Nova, que hoje é a Basílica de Santa Francisca Romana, confiada aos monges beneditinos de Monte Olivetto. Ali, Francisca começou a receber, ainda criança, direção espiritual, de Frei Antonio di Monte Savello, com quem se confessava todas as semanas. Mais tarde, após a morte do frei em 1426, padre Giovanni Mattiotti tornou-se seu segundo confessor.

Era uma menina muito estudiosa das Sagradas Escrituras e a vontade de seguir a vida religiosa, foi despertada em Francisca aos 11 anos. Ela decidiu se consagrar totalmente a Deus. Mas essa não era a vontade de seu pai que já havia lhe prometido em casamento a um riquíssimo nobre e desta maneira uniria duas poderosas famílias romanas.

A notícia do casamento, abalou Francisca que ficou muito doente, ao ponto de achar que iria morrer. Nesse período ela tem a visão de Santo Aleixo, que lhe diz que ela ficaria viva para glorificar o nome de Deus. Essa visita acalma seu coração e aos doze anos de idade, Francisca se casa com Lorenzo Ponziani.

Roma enfrentava um dos períodos mais difíceis de sua história. Vivia entre guerras e lutas partidárias. A Igreja Católica estava dividida com o Grande Cisma do Ocidente. Anos antes, a Sede da Igreja Apostólica havia se transferido para Avignon, na França. Durante o período de 1309 a 1377. Nesse momento, em 1396, o Papa já havia retornado para Roma, mas a situação só se resolve um tempo mais tarde.

Mas voltando a vida de Francisca, ela teve um casamento feliz e dessa união vieram três filhos. Era uma esposa dedicada e atendia todas as necessidades do marido e filhos. Mas a doença da peste assolava Roma e dois de seus filhos contraem a doença e morrem.

No ano de 1412 ou 1413, começam aparições angelicais. Um ano após a morte de um de seus filhos, ele lhe aparece junto de um anjo e diz a ela que aquele anjo a guiará e protegerá para o resto de sua vida.

Seu marido fica gravemente ferido em dos inúmeros combates que participava. Deste momento em diante, Francisca, sempre com o anjo ao seu lado, se dedica a ajudar os doentes e necessitados; transformando seu palácio em um verdadeiro hospital.

Em agosto de 1425, Francisca e algumas damas da sociedade fazem Oblação a Deus e a Maria Santíssima, mas sem emitirem  votos solenes. (Oblação é o ato de fazer uma oferta a Deus). Cada uma delas continuavam a viver cada qual em sua casa, mas seguindo sempre os conselhos evangélicos e se reuniam na igreja de Santa Maria Nova para ouvir as palavras de sua fundadora.

Anos mais tarde, Francisca recebe uma inspiração e transforma essa sociedade uma congregação religiosa, surgindo em 1433 as Oblatas de Maria, que depois se transformou em Oblatas de Santa Francisca Romana. Uma instituição nova e diferente para a época, pois religiosas sem votos, sem clausura, era algo um tanto inovador, portanto, não podiam ser chamadas de monjas.

Em 1436 seu marido vem a falecer e Francisca se torna uma religiosa. Lembra-se quando ela tinha 11 anos de idade? Essa era sua vontade, mas agora, ela faz parte, de uma  congregação que ela mesmo havia fundado.

Francisca fica alguns anos no convento e volta para o palácio dos Ponziani, pois seu filho estava gravemente enfermo. É ali que Francisca nasce para a vida eterna, no dia nove de março de 1440.

Durante sua vida, Francisca foi agraciada com várias visões, aparições e revelações sobrenaturais. Esses relatos foram registrados pelo seu confessor, padre Giovanni Mattiotti, que organizou e dividiu tudo em cinco partes a que ele denominou tratados: da Vida, dos Combates, do Purgatório e Visões Paradisíaca e Revelações. Esses tratados foram todos publicados após a morte de Francisca. Além disso há também muitos milagres atribuídos a ela, pois o Senhor atuou misericordiosamente curando e ressuscitando, pelas mãos puras, amorosas e intercessoras dessa mulher.

Santa Francisca Romana foi canonizada em 1608 pelo Papa Paulo V. Na ocasião ele a qualificou como a mais romana de todas as santas. Em 1925 o Papa Pio XI a declara Padroeira dos Motoristas. Diz a tradição que, quando saía à noite, seu anjo da guarda ia sempre à sua frente iluminando a estrada como o farol dianteiro de um veículo.

Todos os anos no domingo próximo ao dia nove de março há nas ruas de Roma uma antiga tradição de reunir vários veículos para receberem a benção de Santa Francisca Romana.

O corpo da santa está em uma urna de vidro e pode ser visitado na Basílica de Santa Francisca Romana, em Roma, na Itália.

Santa Francisca Romana, copadroeira de Roma e padroeira dos motoristas é festejada no dia nove de março.

Oração a Santa Francisca de Roma

“Ó Deus, que destes a Santa Francisca Romana a graça de viver o sacramento do matrimônio, a maternidade e a vida religiosa com toda fidelidade e perseverança, dai também a nós a graça de vivermos bem nosso estado de vida (casados, solteiros ou consagrados). Que nossa vida seja abençoada pela intercessão de Santa Francisca Romana e que suas visões do céu nos ajudem a desejar e a procurar de todo o coração a pátria celestial.” Amém.

Santa Francisca Romana, rogai por nós.

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