Santo Antônio de Lisboa e Pádua

13 de junho de 2024     /     (Todo Ano)

O Santo Casamenteiro

Texto: Expedição 19

De Lisboa onde nasceu ou de Pádua onde morreu, Santo Antônio é também muito conhecido por ser o santo casamenteiro. O que talvez poucas pessoas saibam, é que ele era um exímio pregador e conhecedor das Sagradas Escrituras. Já considerado santo em vida, um ano após sua morte já havia sido canonizado.

Nascido no ano 1.191 ou 1.195 em Lisboa, em Portugal. Foi batizado com o nome de Fernando. Em sua infância recebeu formação cristã. Durante sua adolescência, entra para a ordem dos agostinianos em Lisboa, sendo que mais tarde pede sua transferência para Coimbra. Desta forma fugia da constante visitas de amigos e parentes que tentavam fazê-lo desistir de sua vocação. Foi ordenado sacerdote. Nesta mesma época por volta de 1.219 conhece cinco frades franciscanos que estavam de partida para o Marrocos onde iriam evangelizar. Pouco tempo depois ficou sabendo que estes frades haviam sido martirizados.

Em 1.220 Dom Fernando entra para a ordem dos frades menores e adota o nome de Frei Antônio. Pediu para ser também enviado ao Marrocos, pois queria se tornar mártir como os outros cinco frades. Mas algum tempo depois que chegou naquele país ficou doente e foi obrigado a retornar para sua terra natal.

Por obra divina, uma tempestade lança sua embarcação para a costa da Sicília, na Itália e Frei Antônio se acolhe com os Frades Menores em Messina.

Participa do Capítulo Geral das Esteiras, reunido em Assis com milhares de frades e presidido pelo Fundador da Ordem dos Frades Menores, frei Francisco (São Francisco de Assis).

Um pouco mais tarde, em 1.222, o ainda desconhecido frei Antônio é requisitado para fazer a pregação, na ocasião de uma ordenação sacerdotal na cidade de Forli. Todos foram surpreendidos com o conhecimento e sabedoria do freizinho português em usar as palavras. A partir deste momento, frei Antônio se torna referência na propagação da palavra de Deus. Percorre as cidades, praças e aldeias do norte da Itália e sul da França. Multidões se juntavam para ouvirem as suas pregações, até mesmo o papa ficou admirado com o poder da oratória de frei Antônio.

Frei Francisco (São Francisco de Assis) lhe envia uma carta pedindo para que ensine Teologia aos frades. E vários milagres começaram a ser relatados. Entre eles o de um homem que não acreditava na presença de Cristo na Sagrada Eucaristia. Este homem desafiou frei Antônio dizendo que prenderia sua mula e a deixaria sem comer por um período de três dias e depois a colocaria para comer. Se o animal deixasse de comer e fizesse reverência a Eucaristia ele se tornaria um novo discípulo da igreja. Frei Antônio aceitou o desafio e no dia  marcado, enquanto o animal comia, se aproximou com o Santíssimo Sacramento em mãos, a mula parou de comer, abaixou a cabeça e se ajoelhou .

Um outro milagre relatado foi que em uma certa ocasião frei Antônio deu aos pobres todo o pão da dispensa do convento onde vivia. Mas quando os frades foram procurar estes mesmos pães para comer eles estavam lá. Vem daí a tradição do pãozinho de Santo Antônio.

Foram relatados vários outros milagres que frei Antônio realizou ainda em vida.

Não podemos esquecer que Santo Antônio é lembrado por ser o santo casamenteiro, dizem que ele recebeu esse patrocínio por auxiliar as moças mais pobres a conseguirem o dote para se casar. O dote era uma quantia em dinheiro ou bens, oferecida ao noivo pela família da noiva, para assim poderem se casar. Conta um relato que uma moça da cidade de Nápoles, cuja família não podia pagar o dote, se ajoelhou aos pés de Santo Antônio e pediu a sua ajuda. Milagrosamente um bilhete se desprendeu da imagem e caiu junto a moça. O bilhete dizia que ela procurasse um determinado comerciante na cidade; e que ele a entregasse o equivalente ao peso do papel em moedas de prata. O comerciante tratou como se fosse uma brincadeira, pois o papel nem moveria o prato da balança. Mas ele se enganou; colocou o bilhete de papel em um prato da balança e foi adicionando moedas no outro prato e a balança mal se movia. No final das contas foram necessárias 400 moedas para que houvesse o equilíbrio. Foi então que ele se lembrou que havia feito uma promessa ao santo no valor exato de 400 moedas de prata e nunca havia lhe pagado. A moça então pode se casar.

Mas e o menino Jesus no colo de Santo Antônio? O Lírio? e a Bíblia? Alguns relatos afirmam que Santo Antônio teve um encontro místico com o menino Jesus, outros afirmam que a presença do menino em seu colo representa sua profunda intimidade com Jesus. O Lírio representa a pureza e castidade do santo, além de ser uma flor muito comum na região de Pádua durante a estação do ano em que o santo morreu. Por isso muitos fiéis levam Lírios para Santo Antônio ou para presenteá-lo ou para abençoá-los e levar para casa. E por fim a Bíblia representa a sabedoria e o conhecimento do Evangelho.

Santo Antônio morreu no dia 13 de junho de 1.231 nas proximidades de Pádua, na Itália. Em maio de 1.232 foi canonizado pelo Papa Gregório IX. Em 1.946 foi proclamado Doutor da igreja pelo Papa Pio XII.

Sua língua incorrupta está em um relicário junto de seu túmulo na Basílica de Pádua.

Todos os anos na missa do dia 13 de junho são distribuídos pães e a tradição diz que deve ser colocado em uma lata de mantimento para que nunca falte o alimento em casa.

Santo Antônio de Lisboa ou Santo Antônio de Pádua, um dos três santos juninos é festejado no dia 13 de junho.

“Glorioso Santo Antônio que tivestes a sublime dita de abraçar e afagar o Menino Jesus, alcançai-me a graça que vos peço e vos imploro do fundo do meu coração. (peça a graça que deseja) Vós que tendes sido tão bondoso para com os pecadores, não olheis para os poucos méritos de quem vos implora, mas antes fazei valer o vosso grande prestígio junto a Deus para atender o meu insistente pedido.” Amém.

Santo Antônio, rogai por nós.

“Santo Antônio, eu sei que o casamento é uma vocação abençoada por Deus. É o sacramento do amor, comparado ao amor que Cristo tem para com a Igreja. Eu me sinto chamado(a) para o casamento: por isto, Santo Antônio, ajudai-me a encontrar uma pessoa boa, amável, séria e sincera, que tenha os mesmos sentimentos de afeto que eu sinto. Fazei que nos completemos um ao outro e formemos uma união abençoada por Deus, para que nós dois, juntos, sejamos capazes de vencer possíveis problemas familiares e conservemos sempre vivo o nosso amor, para que nunca falte a compreensão e a harmonia familiar. Santo Antônio abençoai-nos; a mim e a minha namorada ou namorado, acompanhaI-nos até o altar e conservai-nos unidos pelo resto da nossa vida.” Amém.

Santo Antônio, rogai por nós.

“Santo Antônio, amigo dos pobres, que inspirais vossos devotos a vos honrar oferecendo pão aos necessitados, eu vos peço a graça de que nunca falte o pão na minha mesa, pão ganho com meu trabalho digno e justo. Em troca vos prometo, sempre olhar pelos mais necessitados, oferecendo um pouco daquele pão que tenho em minha mesa. Sobretudo, ajudai-me a buscar sempre o Pão Vivo que desceu do céu, que é o próprio Jesus Cristo na Eucaristia, verdadeiro alimento para a vida eterna. Vós, que tantas vezes o tivestes em vossas mãos, fazei que também este pão nunca me falte e eu o tenha sobretudo na hora de minha morte.” Amém.

Santo Antônio, rogai por nós.

“Há quanto tempo te esperava, ó alma devota, pois bem conheço as graças de que necessitas e queres que eu peça ao Senhor. Estou disposto a fazer tudo por ti; mas, filho, dize-me uma a uma todas as tuas necessidades, pois desejo ser o intermediário entre tua alma e Deus com o fim de suavizar teus males. Sinto a aflição de teu coração e quero unir-me às tuas amarguras. Desejas o meu auxílio no teu negócio…, queres a minha proteção para restituir a paz na tua família…, tens desejo de conseguir algum emprego…, queres ajudar algum pobre…, alguma pessoa necessitada…, desejas que cesse alguma tribulação…, queres a tua saúde ou a de alguém a quem muito estimas? Coragem, que tudo obterás. Agradam-me, também, as almas sinceras que tomam sobre si as dores alheias, como se fossem próprias. Mas eu bem vejo como desejas aquela graça que há tanto tempo me pedes. Tenha fé que não tardará a hora em que hás de obtê-la. Uma coisa, porém, desejo de ti. Quero que sejas mais assíduo ao Santíssimo Sacramento; mais devoto para com a nossa Mãe, Maria Santíssima; quero que propagues a minha devoção e ajudes meus pobres. Oh! Quanto isso me agrada ao coração! Não sei negar nenhuma graça àqueles que socorrem os outros por meu amor, e bem sabes quantos favores são obtidos por esse meio. Quantos, com viva fé, têm recorrido a mim com o pão dos pobres na mão e são atendidos! Invocam-me para ter êxito feliz em um negócio, para achar um objeto perdido, para obter a saúde de uma pessoa enferma, para conseguir a conversão de alguém afastado de Deus, e eu, por amor dos meus pobres cuja miséria está a meu cargo, obtenho de Deus tudo o que pedem e ainda muito mais. Temes que eu não faça outro tanto por ti? Não penses nisso porque prezo muito as prerrogativas concedidas por Deus de ser o santo dos milagres. Muitos outros, como tu, têm precisado de mim e temem pedir-me, pensando que me importunam. Leio tudo no fundo do coração e a tudo darei remédio; hei de obter as graças; não temas. Agora, volte às tuas ocupações e não te esqueças do que te recomendei; venha sempre procurar-me, porque eu te espero; tuas visitas me serão sempre agradáveis, porque amigo afeiçoado como eu não acharás. Deixo-te no coração sagrado de Jesus e, também, no de Maria e São José.”

Reze em seguida: 1 Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.