Como é um processo de Beatificação e Canonização de um Santo?

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Etapa do processo

Processo de Beatificação e Canonização

Texto: Expedição 19

Simplificando ou tentando simplificar, a Beatificação é uma das etapas do processo de Canonização. Canonização é a declaração de santo, ou seja é uma proclamação que somente o Papa, a maior autoridade da Igreja Católica, pode fazer. Ao proclamar que esses fiéis praticaram heroicamente suas virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade e apresenta os santos como modelos e intercessores.

Os primeiros santos católicos foram mártires. Mártir é aquele que morre em nome de sua fé cristã. Nessa época (nos primeiros séculos) o reconhecimento de santo vinha através de aclamação popular. E depois havia a confirmação através dos bispos locais. Isso mudou a partir do século X. Desde então, somente ao Papa tem a autoridade para proclamar um santo.

Mas para que isso aconteça, há um processo longo, sério e extremamente complexo que compreende quatro etapas: Servo de Deus, Venerável, Bem-Aventurado e por fim Canonizado. Esse processo só pode ter início após cinco anos da morte do candidato a santo. E esse limite só pode ser quebrado por uma determinação do Papa.

Na primeira etapa, a proposta de canonização deve ser apresentada ao bispo do local da morte do candidato. O bispo aceitando a proposta, nomeia um postulador ou responsável pela causa. É feita uma investigação sobre a vida do candidato para reconhecimento de suas virtudes. Esse relatório é apresentado a Santa Sé. A Santa Sé aprovando, o candidato é nomeado “Servo de Deus” e está apto a dar continuidade ao processo de canonização.

Na segunda etapa do processo, o Bispo constitui um Tribunal que recebe os testemunhos das pessoas que conheceram o Servo de Deus. Uma comissão de censores, designados também pelo Bispo, analisam a doutrina dos escritos do Servo de Deus. Tudo isso é discutido por uma Comissão de Teólogos consultores nomeados pela Congregação para a Causa dos Santos. Depois, em sessão solene de Cardeais e Bispos, é discutido um parecer. Se o parecer for positivo, o Papa proclama o Decreto de Heroicidade de Virtudes. O que era Servo de Deus passa a ser considerado Venerável.

Na terceira etapa, o Venerável é apresentado à comunidade como modelo de vida e intercessor diante de Deus. Para a continuidade do processo de canonização, é necessário a realização de um milagre atribuído à intercessão do Venerável. É feita uma análise por uma equipe de médicos especialistas do Vaticano que irão dar o parecer para a real constatação do milagre. Além disso é necessário três fatores:

Primeiro: uma cura ou um fato instantâneo e não o resultado de um processo ou tratamento.

Segundo: esse fato ou cura deve ser permanente ou seja, é necessário um prazo para constatar se foi algo duradouro e definitivo.

E terceiro e último: os médicos devem atestar que a medicina daquele momento não tinha a possibilidade de curar aquela enfermidade. Resumindo, é algo inexplicável para a medicina. “Um Milagre”. Dessa forma o Papa declara esse candidato Beato ou Bem-Aventurado. O candidato foi Beatificado. O Papa autoriza o seu culto, por uma nação e uma determinada congregação.

Daí, o próximo passo é a canonização que requer um segundo milagre. Havendo e sendo comprovado esse segundo milagre, o Bem-Aventurado ou Beato é canonizado.

O Papa o declara mais um santo da Igreja Católica.

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