Padroeira das Mães Cristãs
Texto: Expedição 19
Mônica; a mulher que durante muitos anos rogou a Deus pela conversão do marido e de seu Filho; e teve a felicidade de vê-los convertidos. Primeiro o marido e depois o filho. Nós a conhecemos por sua perseverança e confiança em Deus. Pois em meio a muitas lágrimas rezava. Ela foi a mãe de um homem que se converteu e tornou-se um bispo, depois santo e por fim, um doutor da igreja; Santo Agostinho.
Nascida em 331 ou 332 em Tagaste no norte de África, hoje é uma cidade que se chama Souk Ahras e faz parte do território da Argélia. Mônica era de uma família privilegiada e seus pais eram cristãos. Foi criada por uma escrava que tomava conta dos filhos dos senhores.
Quando tinha por volta de dezessete anos, foi dada em casamento a um homem mais velho chamado Patrício. Era um dos conselheiros da cidade de Tagaste. Possuía terras e uma boa posição social. Mas era uma pessoa rude, violenta e infiel. Começava aqui, com este matrimônio, o calvário de Mônica. O casamento a presenteou com três filhos e um destes, o que lhe causou mais sofrimento, foi Aurelius Augustinus, que nós conhecemos como Santo Agostinho.
Mônica sofria muito com as atitudes de seu marido, mas com sua fé e perseverança, conseguiu seu respeito, nunca se ouviu que em algum momento Patrício a maltratasse ou brigasse por questões domésticas, ao ponto de outras mulheres que, embora tendo maridos mais calmos, lhe perguntassem como conseguia viver em harmonia com seu esposo, pois sofriam constantemente humilhações e violência.
A maneira de Mônica conduzir sua vida matrimonial, conquistou também sua sogra, que a princípio era contra ela por causa das fofocas de criadas e do próprio ciúmes das mulheres que invejavam a maneira como Mônica era tratada por Patrício. Mas Mônica, conseguiu conquistá-la com respeito, contínua tolerância e mansidão.
Tanta perseverança foi recompensada, Patrício se converte e é batizado. Neste mesmo ano Agostinho, já com dezessete anos, vai estudar retórica em Cartago e seu pai morre. Agostinho se entrega totalmente às luxúrias mundanas, ao ponto de Mônica o colocar para fora de casa. Mas quando Mônica fica sabendo que Agostinho foi para Roma, ela vai atrás dele, mas quando chega em Roma ele já estava em Milão.
Essa mulher chorou e orou pela conversão de Agostinho durante 21 anos. Desde sua adolescência até seu batismo. Santo Agostinho conta em seu livro Confissões que uma certa vez Mônica vai até um bispo e lhe suplica ajuda para interceder junto ao seu filho, e o bispo ele lhe responde: “Vá em paz e continue a viver assim, em oração, porque é impossível que pereça o filho de tantas lágrimas.”
Já em Milão Agostinho é envolvido pelos sermões do bispo Ambrósio (Santo Ambrósio), e mais tarde aos 33 anos se converte e também é batizado. Agostinho e Mônica vão para Óstia, cidade próxima a Roma para pegarem uma embarcação e voltarem para sua terra natal na África. Mônica diz a Agostinho: “Uma só coisa me fazia desejar viver um pouco mais, era ver-te católico antes de morrer. Deus me concedeu esta graça, pois te vejo desprezar a felicidade terrena para servi-lo. Que faço, ainda por aqui?”
Agostinho dizia que sua mãe o havia gerado duas vezes, a primeira na carne para a luz temporal e a segunda no coração para a luz eterna.
Mônica faleceu em 387, aos 56 anos em Óstia, na Itália, onde foi sepultada. Foi canonizada pelo papa Alexandre III, que a proclamou padroeira das mães cristãs.
Em 1.430 suas relíquias foram transportadas para Roma e seu túmulo está na Basílica de Santo Agostinho. Santa Mônica, padroeira das mães cristãs é festejada no dia 27 de agosto.
“Ó Santa Mônica, que pela oração e pelas lágrimas alcançastes de Deus a conversão de vosso filho transviado, depois santo (Santo Agostinho). Olhai para o meu coração, amargurado pelo comportamento do meu filho desobediente, rebelde e inconformado, que tantos dissabores causou ao meu coração e a toda a família. Que vossas orações se juntem com as minhas, para comover o bom Deus, a fim de que Ele faça meu filho entrar em si e voltar ao bom caminho. Santa Mônica fazei que o Pai do Céu chame de volta à casa paterna o filho pródigo. Dai-me esta alegria, eu serei sempre agradecido(a). Santo Agostinho rogai por nós Santa Mônica atendei-me.” Amém.
“Nobilíssima Santa Mônica, rogai por todas as mães, principalmente por aquelas mães que se esquecem que ser mãe é sacrificar-se. Rogai, virtuosa Santa Mônica, para que abram-se as almas de todas as mães, para que elas enxerguem a beleza da vocação materna, a beleza do sacrifício materno. Rogai, Santa Mônica, para que todas as mães saibam abraçar com Fé o sofrimento e a dor, assumam seus filhos com coragem, como instrumento de santificação para as famílias e também para sua própria santificação.” Amém.
Santa Mônica, rogai por nós.
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