Copadroeira da Europa
Texto: Expedição 19
Na época em que viveu, no século XIV, Santa Brígida da Suécia, teve uma grande influência na vida de seu país. No contexto social, político e religioso. Em uma época onde as mulheres não sabiam ler e escrever, ela deixou uma obra que se intitula Revelações Celestiais. São textos resultantes de encontros místicos que a santa teve com Jesus, a Virgem Maria e outras visões.
Nascida em 1.302 ou 1.303 na Província de Uplândia na Suécia, Brígida é de família da nobreza sueca. Quando criança teve sua primeira experiência mística, ao ver a Virgem Maria; e em outra ocasião ela viu Jesus Cristo, flagelado e morrendo na cruz. Estes fatos marcaram a infância de Brígida, que ainda criança, aos 10 anos, perdeu sua mãe. Diante disso seu pai, preocupado com sua educação, mandou ela morar com sua tia materna Catarina.
Quando tinha por volta de 13 anos de idade, contra sua vontade, foi dada em casamento a um rapaz de nome Ulf, em algumas versões ele era príncipe, em outras um cavaleiro, mas é certo que também pertencia a nobreza sueca. Viveu casada com este marido durante 28 anos. Teve oito filhos quatro homens e quatro mulheres. Uma de suas filhas é a Santa Catarina da Suécia, um sinal muito forte da educação religiosa que Brígida transmitia aos seus filhos.
Brígida sempre foi muito bem relacionada com a nobreza sueca; tanto é que em 1.335 o rei da Suécia a nomeia conselheira e dama de companhia da rainha. Mais tarde em 1.341, viaja com seu marido em peregrinação a Santiago de Compostela, na Espanha. Nessa época o marido já vivia com Brígida uma paz matrimonial, o caráter religioso da futura santa já havia tocado o coração de Ulf. Depois de um longo período nesta viagem de peregrinação, eles regressam a Suécia. De comum acordo decidem viver um casamento sem relações íntimas e vão morar no convento de Alvastra, o primeiro mosteiro medieval católico na Suécia.
Em 1.344 seu marido morre, Brígida, divide sua herança entre os filhos e doa a parte que lhe cabia aos pobres. Nessa época volta a morar em um convento, a santidade de sua infância volta a preencher sua vida; os encontros místicos passam a ser frequentes; e através destes encontros surgem revelações divinas que a acompanham para o resto de sua vida.
No início, a própria Brígida duvidava das revelações que lhe eram transmitidas, mas seu confessor se encarregou de encorajá-la e lhe dizia que aquilo era uma missão divina. Nas Revelações de Santa Brígida é possível ver muitas coisas com riquezas de detalhes. Além disso, muitas destas visões tratavam de assuntos primordiais daquela época; muitos estudiosos reconhecem que vários resultados dos conselhos de Brígida, contribuíram para importantes tratados e acordos de paz entre a Suécia e outros países.
Em 1.349 Brígida viaja para Roma. Lá, além de querer participar do jubileu de 1.350, ela queria obter do Papa a aprovação da Regra de uma nova Ordem Religiosa que pretendia fundar. A Ordem do Santíssimo Salvador, mas naquela época o Papa vivia em Avignon, na França. Desde 1.309 o Papa francês Clemente V decidiu transferir o papado para a França, devido a desencontros políticos e ameaças.
Em Roma, Brígida morava próximo a Igreja de São Lourenço em Panisperna; e junto de sua filha Catarina (Santa Catarina da Suécia) dedicava sua vida a oração e frequentemente pedia esmolas aos necessitados. Neste período também, fez peregrinações a Assis e Nápoles e também ao sul da Itália.
Em 1.367 o Papa Urbano V regressa à Itália. Então Brígida pôde lhe entregar a Regra da Ordem que desejava fundar. Mas em 1.370 o Papa retorna para Avignon e Brígida profetiza que ele receberia uma lição de Deus. Em dezembro deste mesmo ano o Papa Urbano V é acometido por uma doença e morre.
No ano seguinte Brígida faz uma peregrinação à Terra Santa, onde foi presenteada com visões relativas aos lugares por onde passava, principalmente o local do nascimento e da paixão de Jesus Cristo.
Pouco depois de retornar a Roma Brígida morre, era 23 de julho de 1.373. No ano de 1.377 foi publicado a primeira edição dos oito livros das Revelações Celestiais. E em 1.391 Santa Brígida foi canonizada pelo Papa Bonifácio IX.
Seu túmulo está em uma Abadia da cidade de Vadstena, na Suécia. Esta Abadia pertence a Ordem do Santíssimo Salvador de Santa Brígida.
Santa Brígida da Suécia é festejada no dia 23 de julho.
“Santa Brígida que nesta vida compreendeste o mistério de Jesus crucificado, honrando suas Santas Chagas em profunda veneração particular, servindo-O e amando-O, nos mais necessitados e todos os enfermos que contavam com sua caridade. Fazei-me entender e mergulhar nesse mesmo mistério, de Nosso Senhor Jesus Cristo e também servir aos meus irmãos como tão bem conseguistes servir. Intercedei por mim e meus familiares. Concedei-me uma ardente fé por nosso Senhor Jesus Cristo e verdadeira contrição do coração. Ajudai-me a alcançar o que tanto desejo, se for do teu agrado e da Vontade de Deus.” (fazer o pedido). Amém.
Reze agora: 15 Pai-Nossos e 15 Ave-Marias em honra das chagas de Jesus Cristo e também em agradecimento a Santa Brígida.
Santa Brígida, rogai por nós.
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